sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

tato

todo ato tem tato
todo tato tem mão
todo ato, de fato,
é quase agressão
se não tiver sentido
...
e se sentido for?

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

quem tu és?

eu vou perguntar a você
quem somos nós, nesta sociedade?
mentira, jogos de poder
cadê a voz da minha cidade?
e aí eu pergunto a você
quem somos nós, nesta sociedade?
ganância, jogos de poder
eu vejo só, guerra na cidade

artéria exposta que a verdade corta, sem doer
o sangue, que jorra, alimenta vampiros na TV
Sodoma, Gomorra, não morra sem antes vir provar
o doce veneno da fama, Babilônia

eu penso que nós precisamos de mais educação
e menos crianças nas ruas, jovens de arma na mão
infância roubada, perdida e vendida a vis reais
e nós, que os financiamos, dizemos: marginais! [e aí?]

...

o nosso silêncio traduz concordância com o que há
se eu tenho o grito, porque me evito de falar
e quando me calo, me sento, espero pelo rei
para me mostrar o caminho, sozinho, eu não sei

a velha desculpa é que tudo isso é culpa do grande irmão
que nos aprisiona, nos prende, sufoca, tens razão
espírito fraco, fantoche, deboche, cão fiel
que late, não morde, se finge de morto, quem tu és?

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

bonde solidão

quem sou eu? onde estou?
habito um universo colorido
sem sentido
nem sei como te explicar

quem sou eu? p’ra onde vou?
nem sei como eu cheguei aqui
eu quero ir embora                        
só não sei como voltar

coragem sei que tenho
só preciso fé
o trem da esperança já partiu
e eu fiquei a pé
sentado aqui, sozinho
esperando o bonde, solidão
rezo, rogo, p’ra o tempo passar
e quem sabe um dia eu retornar
e me encontar de novo em mim
então

quando teu império cair...

meu sorriso, você tenta apagar
te incomoda, o meu jeito de viver
enquanto a inveja vai crescendo em teu olhar
sigo em paz no meu caminho

com mentiras você tenta me comprar
faz de tudo p'ra tentar me convencer
te pergunto: a quem pretendes enganar?
meu destino eu mesmo traço

propagandas que desviam nosso olhar
de tudo aquilo que não queres resolver
pois no dia em que a pobreza acabar
quem serão teus seguidores?

quando o teu império cair, homem do mal
eu vou sorrir, você vai ver
quando a Babilônia cair, homem do mal
quem é que vai te socorrer?

pague o preço

se tudo tem um preço nesta vida
me diz: o teu qual é?
se tudo tem um preço nesta vida
me diz: o teu qual é?

pedras preciosas? jóias coloridas?
você vale mais, se vende por tão pouco

tu és a medida de um sonho
que ousas sonhar
tu és a medida de um sonho
que ousas sonhar

se plantares ódio, colheras a ira
não espere ajuda de almas mesquinhas

tua vida cheira à falsidade
tolas ilusões
tua vida cheira à falsidade
tolas ilusões

toda maquiagem teme a água, a chuva
limpa o rosto e mostra a verdade tua

tu te achas forte, poderoso
preste atenção
tu te achas forte, poderoso
preste atenção

lembra-te, na vida, tudo tem um preço
tudo que vem fácil, fácil vai no vento