domingo, 31 de julho de 2011

outra música

não aprendi dizer teu nome por engano
li todas as cartas que você não me escreveu
pareço às vezes te confesso meio estranho
mas esta é a maneira de viver p’ra mim

não sei se alguma vez eu já disse “te amo”
de certo quiçá porque nunca amei alguém
nem sei se isso pode atrapalhar meus planos
que é andar sozinho até não poder mais

eu já queimei as fotos e outros retratos
dos tratos que fizemos não lembro nenhum
e sim no mesmo prato eu sempre cuspo e como
servi teus olhos negros em certa manhã

eu minto por ser forte ou talvez por ser fraco
eu guardo as idéias num velho baú
do todo que sou eu só mostro alguns pedaços
detalhes que inteiro têm nada a dizer

só p´ra ti
eu dou a minha vida
esta é a ultima
chance p’ra querer
senão, deixa assim
eu guardo só p’ra mim
bem egoísta
se não for você

só p’ra ti
eu conto minha vida
em outra música
que ninguém ouviu
e nem vai ouvir
nem se quiser terá
os versos que escrevi
se não for você

2 comentários:

  1. (...) detalhes que inteiro têm muito a dizer, outras tantas músicas, essa outra música, aquilo que precisa ser dito, o que sempre fica calado. Eu mesma escrevi, apaguei, escrevi (cartas que não enviei, somam-se muitas...rs...)
    e mexer com a alma é isso mesmo, expor, expor-se, sentir.

    Que venha a outra música...

    Pra alguém ouvir, e um dia quem sabe, pra todos nós.

    Um beijo

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